quarta-feira, 6 de agosto de 2008
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Pesquisa cientifica em Fisioterapia Neurologica
Discutir o Panorama atual da Fisioterapia Neurológica pos-AVE:
Fatores relevantes na Reabilitação Neurológica:
1-Fatores relacionados ao paciente:
Pre-evento neurologico:
•escolaridade
•atividade física e laborial
•dominância hemisférica
Pos-evento neurologico:
•Idade
•Comorbidades (HAS, DM, depressão, alt. Musculo-esqueleticas)
•Déficits cognitivos (afasias, apraxias, neglect)
•Topografia da lesão neurologica (volume e localização)
•Tempo de lesão
•Alteraçoes Clinicas Funcionais - grau de paresia, espasticidade, sensibilidade
•Acesso terapeutico adequado
2-Fatores relacionados à eficácia da terapia escolhida:
Assertividade terapêutica:
Eficácia Terapêutica versus Tempo de reabilitação
Panorama atual da Fisioterapia Neurológica no Adulto:
Abordagem Terapeutica Tarefa-especifica:
• FES (Eletroestimulaçao funcional)
• TRIM (Terapia por Restriçao de Movimento)
• Biofeedback EMG, Postural
• Marcha Suporte Parcial de Peso
• Imagetica Motora
• Visuo-Motor
• Condicionamento Aerobio
Abordagem Terapeutica Estrutural e de Atividade:
• Cinesioterapia geral
• Fortalecimento mm
• NDT (Bobath)
• PNF (Kabat)
• Integração sensorial
• Eletroestimuaçao
Entre tantas opções terapêuticas como escolher a mais eficaz para aquele paciente em especifico?
Princípios baseados em evidências devem ser a base para a introdução de novos tratamentos; tratamentos contraditórios não devem ser utilizados. (Declaração de Helsingborg - 1994)
Kalra e Ratan no artigo intitulado Recent Advantages in Stroke Rehabilitation na revista Stroke em 2007 sugerem considerar os mecanismos de plasticidade cerebral após injuria para o desenvolvimento de estratégias de reabilitação, formando o conceito de FISIOTERAPIA BASEADA EM NEUROCIENCIA.
Em relaçao aos metodos terapeuticos com evidencias cientificas de eficacia no tratamento pos-AVE, pode-se consultar o American Heart Association Guideline (Duncan, in STROKE 2005).
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
domingo, 20 de janeiro de 2008
sábado, 12 de janeiro de 2008
Neurociência: uma prática interdisciplinar
A neurociência é um termo que reúne as disciplinas biológicas que estudam o sistema nervoso, normal e patológico, especialmente a anatomia e a fisiologia do cérebro interrelacionando-as com a teoria da informação, lingüística (semiótica), e demais disciplinas que explicam o comportamento, o processo de aprendizagem e cognição humana bem como os mecanismos de regulação orgânica.
Essencialmente é uma prática interdisciplinar, resultado da interação de diversas áreas do saber ou disciplinas científicas como, por exemplo: neurobiologia, neurofisiologia, neuropsicologia, neurofarmacologia (neuropsicofarmacologia), estendendo-se essa aplicação à distintas especialidades médicas como por exemplo: neuropsiquiatria, neuroendocrinologia, neuroepidemiologia, psiconeuroimunoendocrinologia, psicofarmacologia etc.
Seu objeto de estudo: o sistema nervoso, contudo a complexidade deste, e em especial do sistema nervoso central da espécie humana, exige o estudo isolado de cada campo e o exercício da interrelação de pesquisas. Assim, apresenta múltiplas aplicações práticas na área médica (Neurologia, Psiquiatria, Anestesia, Endocrinologia, Medicina Psicossomática) ou paramédica (Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional etc.).
Um pouco de história
Se não considerarmos que o conhecimento de métodos de tratamento invasivo como trepanações, utilização de plantas psicoativas e outras técnicas de modificação da consciência e anestesia, fazem parte da neurociência, podemos tomar como data de criação desta interdisciplina a publicação de De morbis nervorum em 1735, de autoria do médico holandês Hermann Boerhaave, considerado o primeiro tratado de neurologia, ou a descoberta da função cerebral; que se atribui ao grego Alcmaeon da escola Pitagórica de Croton em torno de 500 aC, que discorreu sobre as funções sensitivas deste, reafirmado por Herófilo, um dos fundadores da escola de medicina de Alexandria (século III aC.), que descreveu as meninges e a rete mirabile (rede maravilhosa) de nervos (distinguindo este dos vasos) e medula com suas conexões com cérebro, cujo conhecimento foi sistematizado e demonstrado empiricamente, através do corte seletivo de nervos, por Galeno (130-211 aC.)
O estudo do cérebro e da mente
Duas estratégias básicas para abordar os problemas da mente-cérebro e/ou a principal aplicação prática da neurociência:
O estudo da função nervosa e suas alterações ou seja:
O coma, alterações da consciência e do sono;
Alterações dos órgãos dos sentidos, delírios, alterações do intelecto e da fala;
Distúrbios do comportamento, ansiedade e depressão (lassidão, astenia);
Desmaios, síncope, tontura (vertigens) e estado convulsivo;
Distúrbios da marcha e postura (tremores, coréia, atetose, ataxia);
Paralisias e distúrbios da sensibilidade e dor (cefaléia e segmentos periféricos);
Espasmos, incontinências e outras alterações da regulação orgânica.
O estudo etiológico das patologias do sistema nervoso:
Malformações congênitas e erros inatos do metabolismo;
Doenças do desenvolvimento, degenerativas e desmielinizantes;
Infecções por grupo de agentes e sítio anatômico (meningites, encefalites,etc.);
Traumatismo no sistema nervoso central e periférico;
Doenças vasculares (hipoxias, isquemias, infarto hemorragias);
Neoplasias (tumores malignos, benignos por tecido de origem e cistos);
Doenças neuroendócrinas, nutricionais, tóxicas e ambientais;
Transtornos mentais e distúrbios do comportamento
Para uma classificação mais detalhada de tais patologias, consultar os capítulos V (Transtornos mentais e comportamentais), VI (Doenças do Sistema Nervoso); e VII (Doenças do Olho e Anexo) da Classificação Internacional das Doenças 10ª Revisão – CID 10.
Bibliografia
Alexander, Franz G, Selesnick, Sheldon T. História da psiquiatria: uma avaliação do pensamento e da prática psiquiátrica desde os tempos primitivos até o presente. São Paulo : Ibrasa, 1968.
Canguilhem, Georges. O Normal e patológico, RJ, Forense-Universitária, 1982
Foucault, Michael. Doença Mental e Psicologia, RJ, Tempo-Brasileiro, 1968
Harrison, T. R. Medicina Interna (8ª Ed.). RJ, Guanabara Koogan, 1980
Hubel, David H. El cérebro, edicion especial sobre neurobiologia da Investigacion y Ciência, nº 38. Barcelona, noviembro de 1979 ou The Brain, Scientific American nº 3, v 241. USA, september 1979
Lent, Roberto (Ed.). As ciências do cérebro. Numero especial da Rev. Ciência Hoje, v16/ nº 94, Rio de Janeiro, setembro-outubro de 1993
McGaugh, J.L.; Weinberger, N.M.; Whalen, R.E. Psicobiologia, as bases biológicas do comportamento. (textos do Scientific American). SP, EDUSP – Polígono, 1970
Oliveira, J.W. B. Estudo histórico da neurologia. RJ, Castália, 1980
Robbins - Patologia Estrutural e Funcional R.S. Cotran, V. Kumar, S.L. Robbins, ed. 5ª edição, Guanabara Koogan, R.J., 1996.